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EUA vão adiar retomada do tarifaço de Trump para 1º de agosto, diz Casa Branca

A Casa Branca anunciou, nesta segunda-feira (7), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a retomada de seu controverso programa tarifário, inicialmente previsto para esta quarta-feira (9), para o dia 1º de agosto. As tarifas, conhecidas como “tarifas recíprocas”, afetam mais de 180 países e refletem a tentativa contínua do governo Trump de ajustar os acordos comerciais dos EUA com seus principais parceiros comerciais.

De acordo com o governo norte-americano, Trump planeja assinar um decreto confirmando a extensão do prazo das tarifas, na expectativa de fechar novos acordos comerciais. Até o momento, os Estados Unidos conseguiram firmar entendimentos comerciais limitados com apenas três nações, elevando a pressão sobre outras para a conclusão de negociações antes do novo prazo.

O adiamento é parte de uma estratégia de negociação que inclui o envio de cartas a diversos países, incluindo Japão e Coreia do Sul, comunicando a retomada das tarifas no próximo mês. Nas correspondências, Trump enfatizou o “compromisso” dos EUA com seus parceiros e destacou a chance de evitar tarifas por meio de investimentos diretos no país. Essas cartas explicitam ainda que os EUA aplicarão uma tarifa de 25% sobre produtos de países que não alcançarem um novo entendimento comercial.

A decisão ocorre num contexto econômico complexo. Desde o início de sua presidência, Trump tem adotado tarifas para impulsionar a produção interna e proteger a segurança nacional, apesar das críticas de economistas quanto aos efeitos adversos nas projeções de crescimento do PIB dos Estados Unidos. Além disso, o governo dos EUA enfrenta críticas internacionais, inclusive de países do grupo Brics, que incluem o Brasil, em relação à política tarifária de Trump, vista como uma ameaça ao multilateralismo econômico.

A prorrogação do prazo para imposição das tarifas oferece uma breve trégua nas disputas comerciais em curso, mas também acarreta incertezas nos mercados globais. Com um novo prazo estabelecido para 1º de agosto, todas as partes envolvidas correm contra o tempo para alcançar um consenso que possa reformular as dinâmicas comerciais perante um cenário que continua desafiador e incerto. Como afirmou a Casa Branca, as próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo das políticas comerciais dos Estados Unidos e o impacto dessas tarifas no comércio internacional.

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