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A ameaça de Trump diante de ‘desafio’ dos Brics aos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova medida econômica que promete impactar significativamente as relações comerciais globais. Trump declarou que os países que se alinham às políticas do grupo BRICS, caso estas vão contra os interesses norte-americanos, enfrentarão uma tarifa adicional de 10%. Este movimento é mais um capítulo na já complexa teia de tarifas e tensões comerciais internacionais instauradas durante sua administração.

Contexto e Desenvolvimento

O grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ampliou recentemente seus membros, passando a incluir Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Essa aliança foi criada para reforçar a posição internacional dos países membros, em parte, desafiando o domínio económico dos EUA e da Europa Ocidental.

Nos últimos anos, os BRICS têm instituído alternativas competitivas às instituições ocidentais, como o Novo Banco de Desenvolvimento, mostrando um interesse em alterar a ordem econômica global.

Trump, em seu discurso, criticou duramente as medidas adotadas pelos líderes dos BRICS que buscam reformas no Fundo Monetário Internacional e a desvalorização do dólar. Nesse cenário, a ameaça de Trump surge como uma retaliação às críticas dessas nações às políticas tarifárias estadunidenses, vistas por muitos como prejudiciais ao comércio global.

Trump, com a ajuda do secretário de Comércio, Howard Lutnick, estipulou que a nova alíquota tarifária entraria em vigor em 1º de agosto de 2025, caso não se alcancem acordos tarifários adequados até o momento.

Essa tarifa se soma ao ambiente já tenso das tarifas dos Estados Unidos, que incluem pesadas taxações sobre importações de aço, alumínio e automóveis, além das intensas disputas comerciais com a China.

As ações de Trump não estão imunes a críticas. A cúpula dos BRICS, ocorrida recentemente no Rio de Janeiro, resultou em uma declaração conjunta dos ministros das finanças do bloco, que condenaram as tarifas dos EUA como uma ameaça ao desempenho econômico global.

Andrew Wilson, secretário-geral adjunto da Câmara Internacional do Comércio, destacou o desafio logístico e econômico de desvincular atividades comerciais com a China, enfatizando a complexidade prática de tal medida.

Conclusão

As políticas tarifárias de Trump, que visam promover a indústria americana e proteger empregos, continuam a ser um ponto de acentuada controvérsia e debate internacional. À medida que a data limite para acordos tarifários se aproxima, os resultados dessa tensa troca diplomática ainda são incertos.

Com a economia global resistindo a choques constantes devido a políticas comerciais agressivas, a comunidade internacional observa atentamente os próximos passos deste embate entre os EUA e o bloco BRICS, que pode redefinir as rotas comerciais e as relações econômicas globais nos anos vindouros.

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