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Braskem afirma que Novonor e Tanure pediram autorização ao Cade para proposta decontrole da empresa

A Braskem, gigante petroquímica brasileira, anunciou nesta segunda-feira (7) que sua principal acionista, a Novonor, informou à empresa que a NSP Investimentos e o fundo de investimento Petroquímica Verde solicitaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) permissão para uma possível transação envolvendo suas ações.

Essa movimentação surge em meio a longas tentativas da Novonor de liquidar sua participação de 50,1% no capital votante da Braskem.

Detalhes do Pedido de Autorização

A NSP Investimentos, braço da antiga Odebrecht, e o fundo Petroquímica Verde, do empresário Nelson Tanure, entraram com o pedido frente ao Cade.

O objetivo é facilitar uma transação que pode alterar o panorama de controle acionário da Braskem, que é atualmente a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e a maior fabricante de biopolímeros do mundo, com operações em 36 fábricas situadas no Brasil, Estados Unidos, México e Alemanha.

Histórico de Negociações Frustradas

Nos últimos anos, a Novonor tem travado diversas negociações para vender sua participação na Braskem, mas nenhuma se concretizou. Entre os potenciais compradores anteriores estiveram nomes expressivos como Adnoc, da região de Abu Dhabi, a LyondellBasell, a Unipar Carbocloro e o grupo J&F. A busca por um novo controlador é persistente, em meio a desafios no mercado petroquímico e ambiental.

Papel da Petrobras e Implicações

Além do aval do Cade, qualquer transação substancial ainda necessita do endosso da Petrobras, que detém 47% das ações com direito a voto na Braskem. A estatal tem desempenhado um papel considerável na estrutura de governança da petroquímica, e sua concordância é vital para o prosseguimento de qualquer mudança de controle.

Conclusão e Próximos Passos

A proposta atual ainda está longe de um desfecho definitivo, faltando avaliações e diligências comuns a transações desse porte. É um mar turbulento para a Braskem, cuja história recente inclui um escândalo de corrupção em 2016 que resultou em uma multa de R$ 957 milhões. Enquanto o mercado e investidores aguardam, o resultado desses esforços poderá não só alterar a configuração dos sócios majoritários da Braskem, mas também o rumo da empresa no cenário internacional de petroquímicos.

Essa movimentação, como descrito, é uma parte natural do mercado de capital e indústria petroquímica, onde aquisições e concentrações continuam a moldar o setor. O desenrolar desta operação deverá ser acompanhado de perto por analistas e stakeholders, atentos às implicações econômicas e de mercado.

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