Washington, D.C. – No último domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua intenção de impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que adotar políticas alinhadas ao bloco econômico Brics, classificado por ele como antiamericano.
A declaração foi feita através de sua rede social, Truth Social, mas ainda carece de detalhes específicos sobre quais países serão afetados e quais políticas são consideradas pelo governo dos EUA como ‘antiamericanas’.
Anuncio de Medidas e Reações
A proposta de tarifa adicional por Trump foi recebida com cautela pela comunidade internacional. Segundo informações da UOL Economia, as tarifas, previstas para entrar em vigor em 1º de agosto, ainda são objeto de negociações.
Trump afirmou que os acordos tarifários com os países começarão a ser entregues a partir do meio-dia desta segunda-feira, considerando um prazo para renegociar acordos bilaterais e evitar a implementação das taxas.
Os países do Brics, formado atualmente por onze nações, incluindo emergentes da América Latina, África, Ásia e Oceania, como Brasil, Rússia, Índia, China, e mais recentemente Indonésia, têm promovido o conceito de multilateralismo, conforme reforçado na “Declaração do Rio de Janeiro” emitida pelo bloco no mesmo domingo.
Esta declaração, entretanto, não faz menção direta aos EUA.
Resposta dos Membros do Brics
Em resposta à declaração de Trump, representantes do bloco enfatizam que o Brics não é direcionado contra terceiros. O porta-voz russo Dmitry Peskov destacou que o grupo promove interesses comuns entre seus membros sem hostilidade a países externos. A China segue a mesma linha, criticando o uso de tarifas como coercitivas, enquanto a África do Sul defende os objetivos do Brics como parte de um multilateralismo reformado.
Consequências e Próximos Passos
A escalada de tensão entre os EUA e os países do Brics surge num momento em que a União Europeia e outros países como Japão e Coreia do Sul também buscam evitar a adoção de tarifas adicionais, que podem oscilar entre 10% e 50%.
A CNN Brasil relatou que diplomatas brasileiros veem a ameaça tarifária como um potencial “tiro no pé” do governo norte-americano, sugerindo que tal embargo poderia prejudicar mais os laços econômicos e diplomáticos do que beneficiar o cenário atual.
As próximas movimentações estratégicas entre os países afetados pelas declarações de Trump serão essenciais para determinar o desenrolar desta situação, com destaque para as definições até 1º de agosto, prazo estabelecido pelos EUA antes da imposição das tarifas.